Áscaris - Carne de primeira


Tudo aconteceu há alguns anos atrás quando estudava teologia em Pelotas do Bosque (BR). Havia me transferido a pouco tempo e, como novato na cidade, estabeleci amizade somente com alguns trabalhadores locais, no qual conversava descontraídamente no caminho entre minha morada e o seminário. Na época meu único companheiro era meu walkman, me guarnecendo de sonidos eletronicos do Golden Shower (uma banda pop da época), como trilha sonora.


Trocava boas anedotas com o motorista do ônibus, fiquei colega do rapaz da venda e até mesmo do carrancudo dono do açougue. Uma certa segunda de manhã, como de costume fui visitar este último com o propósito de fazer as minhas compras semanais. Para meu espanto e surpresa me deparei com uma ninfeta ruiva fogo atrás do balcão. Ela tinha olhos vorazes de paixão e seu corpo meigo era tão cheio de curvas que cheguei a derrapar:


Seus seios abundantes eram como a entrada de uma catedral gótica, ovalados e todas as extremidades voltadas para cima. Suas nádegas voluptuosas se destacavam como duas aveludadas corcóvas de camelo, rígidas e delgadas, como se estivessem estocadas de água após longos dias no deserto incandescente. Isso fui tudo que pude perceber pela silueta de seu corpo de menina moça escondidas sob o jaleco branco encardido de sangue escalate.

Confuso e perturbado por tamanha visão apenas a acusei de não ser o Seu João. Ela riu com ternura e disse que era sua filha, e que seu pai havia saído para resolver uma emergência e pedira a filha (que acabara de voltar do colégio interno) para tomar conta do estabelecimento. Por motivos óbvios de proteção, substituírei o nome verdadeiro de meu anjinho ruívo por...hum...Epaminondas.


Encantado por aqueles olhos de gata safada e aquele corpo Industrial Light and Magic coloquei minhas mãos no bolso a fim de (tentar) esconder a revolução climática e o movimento téctonico que acontecia dentro de minhas calças. Medindo me com os olhos, epaminondas me perguntara o que poderia me oferecer, enquanto lambia seus lábios carnudos e passava as unhas suavemente em uma porção de patinho. Suando frio tentei me concentrar e fazer o que tinha vindo fazer. E foi quando tentando fazer o certo acabei por fazer a pergunta impensada:


Você tem maminha?


Epaminondas virou suas pupilas para traz como se estivesse em transe soltando gemidos de prazer e cravando suas unhas no patinho. Ao ver tal cena desconcertante não suportei , estava com uma tora dentro das calças e agora lascas rasgavam seu leve tecido de perolim braspérola, colocando a mostra todo meu lado mais homem.

Ao ver tal cena, Epaminondas soltou um grito alucinado de emoção e correu para a porta de ferro do açougue, selando nosso destino de uma orgia a dois. Ao tirar o seu jaleco descobri que minha pequena flama estava úmida da cabeça aos pés. Então, tímidamente ela me contou que estava até a bouco se besuntando em banha na sala dos fundos, simulando preliminares com salames. Desde que entrou no colégio interno esperava por um pedaço de macheza dura e ofegante como eu.


Chamei ela de safadinha e disse que ela nunca encontraria um salame tão rijo e salgado como o meu. Muito menos em série.

Como um macaco de laboratório atacado por eletrodos emanando choques elétricos em parte do cérebro ela pulou sobre mim e rasgou minha camisa...seus olhos brilharam ao notar que eu tinha três mamilos para serem lambidos, percebeu então que acabara de comprar um ticket sem volta para o meu exótico carrossel do amor.


Insana, abriu minha braguilha e levou um gancho de esquerda da minha enorme carranca de carne, que pulou para fora de minhas cuecas como cobra de mola em kit de mágicas, iluminando o local. Epaminondas reagiu num misto de emoção e medo ,trepidação e movimento , fome e vontade de espirrar. Disse que não ia conseguir aguentar aquela porção de tremoço sozinha e retruquei com voz de velho tinhoso que estava lá para
ajudar.


Me retesei de tesão ao ver aquela boca dengosa se encher de mim por todos os lados, podia ver suas bochechas inflando, dando inveja as mais laboriosas meretrizes e saxofonistas profissionais. Seus lábios brilhavam com minha seiva de homem escorrendo pelos cantos de sua boca, enquanto simulava uma manivela com seus cabelos...era a minha exclusiva fabriqueta de salame do prazer, somente para o meu deslumbre.


Ao sentir minha carne ficando a cada segundo mais cheia de nervos, não conseguia evitar de ouvir o barulho que aquela ventosa com seus olhos
lacrimejantes de prazer emitia. Sentindo que estava prestes a entrar em erupção disseminando todo meu pólen levantei-a bruscamente e joguei seu corpo de frente na bancada de carnes, inserindo cada centímetro de meu esquadro de carne em seu epicentro. Mostrando na prática como um macaco velho como eu encontra a menor distáncia ente dois pontos.

Epaminondas, revoltada de fogozidade, cercada por carne fresca e atochada de carne quente nada fazia além de remexer seu coxão mole acompanhando meus másculos movimentos de vaivem, e lambendo frenéticamente um fígado que cobria sua face assim compensando sua necessidade oral. Ao ver tal excitante cena não me contive e chacoalhando meu monolito de músculos irriguei todo seu corpo e carne da bancada com golfadas intermináveis de minhas refrescantes gotas de pinho do pecado.


Epaminondas após recuperar seu fôlego disse que nunca havia encontrado carne mais saborosa e suculenta que a minha. Desde então continuamos nossas tardes de luxúria, o que consequentemente me fez largar o seminário.

Hoje tenho meu próprio açougue no qual, graças a meu foguinho fogoso, sempre terá em nossas carnes aquele tempero secreto de amor que os fregueses tanto elogiam.

 

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